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No dia 1 de Março de 2012 à entrada do prédio, a porta entreaberta espera pelo Luís que teima em não entrar, os seus olhos grandes iluminam o espaço, a sua voz trémula e medrosa repete muitas vezes:
-Não quero! Não quero!
Mas a força do momento é maior e o que tem de ser feito é inadiável. Uma pequena e estreita cadeira espera por ele, senta-se devagar e pensa:
-Sim! Sim! É preciso!!
As dúvidas o atormentam e pensa:
-Será que doí?
-Não quero, não!
-Quanto tempo vou ficar assim?
A campainha toca, acaba a tortura, o Luís olha para o seu corpo, mexe, balança e confirma, não lhe falta nada!
Agora só resta fugir de tudo o que lhe rodeia, os amigos esperam por ele e respira, respira de alívio, tudo o que pensou ficou para atrás das costas. Afinal entrar num hospital não é para ficar lá!
À saída telefona a uma amiga e pergunta:
Luís-Onde está o metralha? (Metralha é a alcunha do seu melhor amigo, quer partilhar as dúvidas com ele)
Amiga-Olha, não me digas nada.
Luís-E o metralha?
Amiga-Então conta lá tudo...
Luís-A sério?
Amiga-Lá está, segunda-feira vou aí, não leves a mal é a bateria.
Luís-Desculpa, vai ter comigo, tens que dar o recado? Estou a brincar...
Amiga-Rsssssssssss
Mariajoao 10/03/2012
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